sexta-feira, 20 de maio de 2016

CUIDADO EM SAÚDE




CUIDADO E A VIDA COTIDIANA

Cuidado é um ‘modo de fazer na vida cotidiana’ que se caracteriza pela ‘atenção’, responsabilidade’, ‘zelo’ e ‘desvelo’ ‘com pessoas e coisas’ em lugares e tempos distintos de sua realização. A importância da vida cotidiana na produção do ‘cuidado’ está na oferta de múltiplas questões específicas que circulam no espaço da vida social e nos conteúdos históricos que carregam. O cotidiano é produzido social e historicamente sob dois ângulos: primeiro, porque se trata – como noção geral e dimensão do conhecimento – do ‘vivido’, quer dizer, do repetitivo-singular, do conjuntural-estrutural: no cotidiano ‘as coisas acontecem sempre’. Segundo, porque essa noção se constrói e se identifica com o dia-após-dia em que tudo é igual e tudo muda – ‘nada como um dia após o outro’ – ao menos em algumas sociedades, não em todas.
O dia-após-dia assim concebido é uma dimensão da vida social singular- específica, o que significa dizer que ele delimita tempos, espaços, interações, ou seja, um modo de vida, cuja produção de ‘cuidado’ se faz contextualizada exercendo efeitos e repercussões na vida dos sujeitos e se transformando em ‘experiência humana’. O ‘cuidado’ consiste em um modo de agir que é produzido como ‘experiência de um modo de vida específico e delineado’ por aspectos políticos, sociais, culturais e históricos, que se traduzem em ‘práticas’ de ‘espaço’ e na ‘ação’ de ‘cidadãos’ sobre os ‘outros’ em uma dada sociedade.
Daí o ‘cuidado como ato’ resulta na ‘prática do cuidar’, que, ao ser exercida por um cidadão, um sujeito, reveste-se de novos sentidos imprimindo uma identidade ou domínio próprio sobre um conjunto de conhecimentos voltados para o ‘outro’. O outro é o lugar do ‘cuidado’. O outro tem no seu olhar o caminho para construção do seu ‘cuidado’, cujo sujeito que se responsabiliza por praticá-lo tem a tarefa de garantir-lhe a autonomia acerca do modo de andar de sua própria vida.

PRÁTICA DO CUIDAR E OS PRATICANTES

Cuidar deriva do latim cogitare que significa ‘imaginar’ ‘pensar’, ‘meditar’, ‘julgar’, ‘supor’, ‘tratar’, ‘aplicar’ a atenção, ‘refletir’, ‘prevenir’ e ‘ter-se’. Cuidar é o ‘cuidado’ em ato. A origem da prática de cuidar teve seu início restrito ao espaço doméstico, privado, particular. Desde a Grécia Antiga identifica-se que a prática do cuidar vem sendo exercida no interior das famílias, e sua realização demandava um saber prático adquirido no fazer cotidiano, passando, assim, de geração a geração. Nesta época, a gestão do cuidado era uma tarefa feminina. Quem cuidava da casa dos filhos, dos escravos dos doentes eram as mulheres. Aliás, uma responsabilidade bastante repetida até os dias de hoje em muito cotidianos familiares.
Em um determinado momento, boa parte desse saber foi concebido como profissão de mulheres e para mulheres, sobretudo na saúde foi a enfermagem a profissão que mais incorporou a prática do cuidar como campo de domínio próprio. Não é à toa que a prática de cuidar está histórica e culturalmente conectada ao feminino, pois, ao longo dos anos, essa atividade esteve atrelada à trajetória desenvolvida pela mulher nas sociedades ocidentais modernas. Por outro lado, a prática de pesquisar, ou seja, de criar novos conhecimentos, historicamente, tem sido concebida como prática masculina. Vemos nesta concepção uma expressão da divisão social e sexual do trabalho, na qual a sociedade delimita com bastante precisão os campos em que pode operar a mulher, da mesma forma como escolhe os terrenos em que pode atuar o homem.
Pierre Bourdieu é um dos autores que destaca que o mundo social produz nos sujeitos um modo de ser e de estar no mundo, e este é diferenciado para homens e mulheres. Ou seja, a sociedade acaba por imprimir na mulher um conjunto de valores que lhe confere uma performance específica. Entretanto, vários movimentos reflexivos de crítica a esse modelo societal de divisão de trabalho, sobretudo com a contribuição do movimento feminista e sua produção de conhecimentos, têm contribuído de forma decisiva para modificá-lo. No mundo contemporâneo, constata-se que a prática de pesquisar é sinérgica à prática do cuidar e vice-versa, na medida em que a vida cotidiana evidencia cada vez mais a crescente demanda por ‘cuidado’. Mais que isso, constata-se que a demanda por ‘cuidado’ vem, dia após dia, se complexificando, o que tem exigido cada vez mais a atuação de diferentes sujeitos-cidadãos-profissionais, mulheres e homens, cujo ‘outro’ demandante, cada vez mais requererá atenção, responsabilidade, zelo e desvelo com seus desejos, suas aspirações e especificidades, de modo a incluí-lo na tomada de decisão sobre sua vida, ou melhor dizendo, sobre sua saúde.

CUIDADO INTEGRAL DE SAÚDE

‘Cuidado em saúde’ não é apenas um nível de atenção do sistema de saúde ou um procedimento técnico simplificado, mas uma ação integral que tem significados e sentidos voltados para compreensão de saúde como o ‘direito de ser’. Pensar o direito de ser na saúde é ter ‘cuidado’ com as diferenças dos sujeitos – respeitando as relações de etnia, gênero e raça – que são portadores não somente de deficiências ou patologias, mas de necessidades específicas. Pensar o direito de ser é garantir acesso às outras práticas terapêuticas, permitindo ao usuário participar ativamente da decisão acerca da melhor tecnologia médica a ser por ele utilizada.
‘Cuidado em saúde’ é o tratar, o respeitar, o acolher, o atender o ser humano em seu sofrimento – em grande medida fruto de sua fragilidade social –, mas com qualidade e resolutividade de seus problemas. O ‘cuidado em saúde’ é uma ação integral fruto do ‘entre-relações’ de pessoas, ou seja, ação integral como efeitos e repercussões de interações positivas entre usuários, profissionais e instituições, que são traduzidas em atitudes, tais como: tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo.
O cuidar em saúde é uma atitude interativa que inclui o envolvimento e o relacionamento entre as partes, compreendendo acolhimento como escuta do sujeito, respeito pelo seu sofrimento e história de vida. Se, por um lado, o ‘cuidado em saúde’, seja dos profissionais ou de outros relacionamentos, pode diminuir o impacto do adoecimento, por outro, a falta de ‘cuidado’ – ou seja o descaso, o abandono, o desamparo – pode agravar o sofrimento dos pacientes e aumentar o isolamento social causado pelo adoecimento. O modelo biomédico que orienta o conjunto das profissões em saúde, ao se apoiar nos meios diagnósticos para evidenciar leões e doenças, afastou-se do sujeito humano sofredor como totalidade viva e permitiu que o diagnóstico substituísse a atenção e o ‘cuidado’ integral à saúde. Entretanto, mais do que o diagnóstico, os sujeitos desejam se sentir cuidados e acolhidos em suas demandas e necessidades. O 'cuidado em saúde' é uma dimensão da integralidade em saúde que deve permear as práticas de saúde, não podendo se restringir apenas às competências e tarefas técnicas, pois o acolhimento, os vínculos de intersubjetividade e a escuta dos sujeitos compõem os elementos inerentes à sua constituição.
O ‘cuidado’ é uma relação intersubjetiva que se desenvolve em um tempo contínuo, e que, além do saber profissional e das tecnologias necessárias, abre espaço para negociação e a inclusão do saber, dos desejos e das necessidades do outro. O trabalho interdisciplinar e a articulação dos profissionais, gestores dos serviços de saúde e usuários em redes, de tal modo que todos participem ativamente, podem ampliar o ‘cuidado’ e fortalecer a rede de apoio social. Com isso, a noção de ‘cuidado’ integral permite inserir, no âmbito da saúde, as preocupações pelo bem estar dos indivíduos – opondo-se a uma visão meramente economicista – e devolver a esses indivíduos o poder de julgar quais são suas necessidades de saúde, situando-os assim como outros sujeitos e não como outros-objetos.
TEXTO POR ROSENI PINHEIRO
FONTE: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/cuisau.html

quinta-feira, 19 de maio de 2016

HISTÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL




Esse vídeo é bem interessante, pois através dele você poderá conhecer um pouco sobre a história da saúde pública no Brasil.

VALE A PENA CONFERIR!!!



HOSPITAIS COM SERVIÇO GRATUITO EM FORTALEZA



Olá pessoal na última postagem vocês puderam conhecer um pouco sobre as Unidades de Saúde.

Hoje iremos mostrar alguns hospitais em Fortaleza em que vocês podem encontrar estes serviços gratuitos.


Hospitais Municipais


A cidade de Fortaleza conta com uma rede de dez hospitais públicos municipais, além das unidades mantidas pelos governos estadual e federal e dos estabelecimentos filantrópicos e particulares. Dos hospitais sob a gestão da Prefeitura de Fortaleza, o maior é o Instituto José Frota (IJF), localizado no Centro da capital e referência em atenção terciária para todo o Ceará, especialmente em serviços e procedimentos de alta complexidade em traumato-ortopedia, queimaduras, intoxicações e cirurgias vasculares, cardiovasculares, neurológicas, buco-maxilofaciais e oncológicas.
A mais nova unidade hospitalar municipal é o Hospital da Mulher de Fortaleza, construído no bairro Jóquei Clube e inaugurado em agosto de 2012 para prestar atendimento em níveis secundário e terciário, incluindo consultas em 16 especialidades médicas. As usuárias são atendidas após encaminhamento de outras unidades de saúde, via Central de Marcação de Consultas e Exames Especializados da Secretaria Municipal de Saúde ou Centrais de Referência e Regulação de Internações municipal e estadual, mais conhecidas como centrais de leitos.
Os outros nove hospitais da rede municipal contam com setor de urgência e emergência para atender os casos de demanda referenciada e também espontânea. Além do IJF e do Hospital da Mulher, a rede hospitalar do município é composta pelos hospitais distritais, conhecidos como Frotinhas e Gonzaguinhas, além do Centro de Assistência a Criança Lúcia de Fátima Rodrigues Guimarães Sá e do Hospital Nossa Senhora da Conceição, todos de atendimento secundário.
Existem três Frotinhas – Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura, no bairro Antonio Bezerra; Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira, em Parangaba; e Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, em Messejana. Os Frotinhas são referência em casos menos graves na área de traumato-ortopedia, mas cada hospital tem suas particularidades de atendimento.
A rede hospitalar municipal de Fortaleza conta com 1.206 leitos, assim distribuídos: Instituto José Frota (453), Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann (184), Hospital Distrital Nossa Senhora da Conceição (98), Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana-Gonzaguinha de Messejana (97), Hospital Distrital Gonzaga Mota da Barra do Ceará-Gonzaguinha da Barra (79), Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira-Frotinha de Messejana (74), Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura-Frotinha de Antonio Bezerra (69), Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira-Frotinha de Parangaba (64), Hospital Distrital Gonzaga Mota do José Walter-Gonzaguinha do José Walter (58) e Centro de Assistência a Criança Lúcia de Fátima (30).
O modelo de funcionamento dos estabelecimentos hospitalares tem mudado ao longo dos anos, agregando formatos para redução de custos, atendimento a grande demanda e adequação a novas propostas de tratamento dos pacientes. O hospital-dia, por exemplo, é uma modalidade de atendimento médico adotada por algumas instituições que consiste em serviços de internação parcial, ou seja, um regime de assistência intermediária entre internação e atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínico, cirúrgico, diagnóstico e terapêutico, sendo indicado quando a permanência do paciente é requerida por um período máximo de 12 horas. O hospital-dia funciona quando o usuário não precisa ficar no local por longo período ou as 24 horas diárias, a exemplo das pessoas que passem por pequenas cirurgias, pacientes crônicos ou pacientes psiquiátricos que estão sendo reintegrados ao convívio social - o paciente frequenta a unidade hospitalar diariamente durante o período diurno, passando o restante do dia com a família e a comunidade onde reside.

Hospitais
Aqui você encontra hospitais mantidos pela Prefeitura de Fortaleza, que oferecem atendimento público e gratuito.
Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann
Av. Lineu Machado, nº 155 - Jóquei Clube
(85) 3105.2229 - 3233.3854 - 3233.3954 - 3233.3545
Centro de Assistência a Criança Lúcia de Fátima - Croa
Rua Guilherme Perdigão, nº 299 - Parangaba
(85) 3225.2212 - 3225.2425 - 3105.3051 - 3105.3052 - 3292.4120
Hospital Nossa Senhora da Conceição
Rua 1018, nº 148, 4ª Etapa - Conjunto Ceará
(85) 3452.6701
Frotinha de Antônio Bezerra
Rua Cândido Maia, nº 294 - Antônio Bezerra
(85) 3488.3221
Frotinha de Parangaba
Av. General Osório de Paiva, nº1127 - Parangaba
(85) 3131.7322 - 3131.7319
Frotinha de Messejana
Av. Presidente Costa e Silva, nº 1578 - Messejana
(85) 3105.1560 - 3105.1550
Gonzaguinha da Barra do Ceará
Av. Dom Aloísio Lorscheider, nº 1130 - Conjunto Nova Assunção - Barra do Ceará
(85) 3452.2409 - 3452.2390
Gonzaguinha do José Walter
Av. D, nº 440, 2ª Etapa - José Walter
(85) 3452.9399
Gonzaguinha de Messejana
Av. Washington Soares, nº 7700 - Messejana
(85) 3105.1590 - 3101.4353
Instituto José Frota - IJF
Rua Barão do Rio Branco, nº 1816 - Centro
(85) 3255.5000


Na atenção secundária


A atenção secundária ou média complexidade em saúde é exercida na rede municipal de Fortaleza por oito hospitais gerais e dois especializados, dois centros de especialidades odontológicas e um centro de especialidades médicas, além de algumas unidades de atenção primária que oferecem consultas especializadas.
As unidades de saúde de nível secundário reúnem os serviços especializados e de apoio diagnóstico e terapêutico. Para ter acesso à atenção secundária, o usuário geralmente é encaminhado de um serviço de atenção primária, o posto de saúde ou Centro de Saúde da Família. Em Fortaleza, existem 92 unidades de atenção básica que intermediam o atendimento dos pacientes que precisem da atenção em média complexidade.
Os serviços de atenção secundária devem estar aparelhados com pessoal e equipamentos para atender às necessidades dos usuários encaminhadas pelas unidades de nível primário; materiais com grau intermediário de inovação tecnológica, mais sofisticados do que os aparelhos encontrados nos serviços de atenção básica. Além de equipamentos, como aparelhos de raios x, endoscopia, ecocardiógrafo e ultra-som, de maior capacidade e precisão, os serviços devem contar com profissionais especializados em áreas como cirurgia geral, ginecologia e obstetricia, pediatria, oftalmologia e psiquiatria.
Os equipamentos de saúde essencialmente de nível secundário são os hospitais e os centros de especialidades médicas ou odontológicas. Em Fortaleza, esse nível de atenção é prestado pelos hospitais gerais (Hospital Distrital Evandro Ayres de Moura-Frotinha de Antonio Bezerra, Hospital Distrital Maria José Barroso de Oliveira-Frotinha de Parangaba, Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira-Frotinha de Messejana, Hospital Distrital Gonzaga Mota da Barra do Ceará-Gonzaguinha da Barra, Hospital Distrital Gonzaga Mota do José Walter-Gonzaguinha do José Walter, Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana-Gonzaguinha de Messejana e Hospital Nossa Senhora da Conceição); hospital especializado infantil (Centro de Assistência a Criança Lúcia de Fátima Rodrigues Guimarães Sá), hospital especializado no atendimento à população feminina (Hospital da Mulher de Fortaleza) e hospital geral Instituto José Frota (IJF). O Hospital da Mulher e o IJF são de nível terciário, mas também oferecem atenção secundária.
Além dos hospitais, a atenção secundária na rede municipal de saúde é encontrada em dois Centros de Especialidades Odontológicas (CEO Floresta, no bairro Álvaro Weyne, e CEO Messejana, no bairro homônimo) e no Centro de Especialidades Médicas José de Alencar, que funciona no Centro da cidade.
Os serviços públicos que também contam com atenção secundária em Fortaleza são as unidades mantidas pelo governo estadual (Hospital de Saúde Mental de Messejana, Hospital São José de Doenças Infecciosas, Hospital Geral César Cals de Oliveira, Hospital Geral de Fortaleza, Hospital de Messejana Carlos Alberto Studart Gomes, Hospital Geral Waldemar Alcântara e Hospital Infantil Albert Sabin) e pelo governo federal ( Hospital Universitário Walter Cantídio e Maternidade Escola Assis Chateaubriand).
Quando a rede própria de saúde pública não dispõe de vagas, serviços ou equipamentos necessários para assegurar o acesso à atenção secundária, os pacientes também podem ser encaminhados para a rede contratada, formada por serviços privados, geralmente hospitalares, que mantêm convênio com o Sistema Único de Saúde.

Na atenção terciária


Na rede pública municipal de saúde de Fortaleza, a atenção terciária é realizada no Instituto José Frota - IJF, o maior hospital de urgência e emergência do Ceará, com atendimento 24 horas para pacientes de alta complexidade e referência para o tratamento de queimaduras, intoxicações e traumatologia.
A atenção à saúde de nível terciário é integrada pelos serviços ambulatoriais e hospitalares especializados. Ela é constituída por grandes hospitais gerais e especializados, que concentram tecnologia de maior complexidade e devem oferecer à população atendimento de excelência, servindo de referência para outros serviços, sistemas e programas em saúde.
As áreas hospitalares que compõem o atendimento de grande complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS) estão organizadas para a realização de procedimentos que envolvem alta tecnologia e/ou alto custo, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, transplantes, parto de alto risco, traumato-ortopedia, neurocirurgia, diálise (para pacientes com doença renal crônica), otologia (para o tratamento de doenças no aparelho auditivo). A atenção terciária envolve também a assistência em cirurgia reparadora (de mutilações, traumas ou queimaduras graves), cirurgia bariátrica (para os casos de obesidade mórbida), cirurgia reprodutiva, reprodução assistida, genética clínica, terapia nutricional, distrofia muscular progressiva, osteogênese imperfeita (doença genética que provoca a fragilidade dos ossos) e fibrose cística (doença genética que acomete vários órgãos do corpo causando deficiências progressivas). Entre os procedimentos ambulatoriais de alta complexidade estão a quimioterapia, a radioterapia, a hemoterapia, a ressonância magnética e a medicina nuclear, além do fornecimento de medicamentos excepcionais.

FONTE DE PESQUISA: http://www.fortaleza.ce.gov.br/sms/hospitais-municipais

quarta-feira, 18 de maio de 2016

INTRODUÇÃO A DINÂMICA DAS UNIDADES DE SAÚDE

Oiê pessoas lindas!

Hoje vamos ao nosso principal objetivo, mostrar um pouco dos nossos conhecimentos, sobre a dinâmica das unidades de saúde. É interessante que vocês aprendam mais e estejam sempre atualizados sobre o sistema de saúde do nosso país, pois, quanto mais conhecimento, mais juízo.

Vamos aprender agora? 

Logo abaixo estão algumas definições básicas.

– Unidades de Saúde;
– Compreender os Níveis de Atenção:
 Atenção Primária à Saúde;
 Atenção Secundária à Saúde;
 Atenção Terciária à Saúde.

Unidades de Saúde
São locais onde você pode receber atendimentos gratuitos de acordo com sua atenção, seja Primária, Secundária ou Terciária.
• Postos de Saúde: 
posto de saúdecentro de saúdeunidade de saúde é um posto de atendimento, destinado à prestação de assistência a uma determinada população, de forma programada ou não, por profissional de nível médio, com presença intermitente ou não do profissional médico.
• Unidades Básicas de Saúde (UBS)
UBS (Unidade Básica de Saúde) são locais onde você pode receber atendimentos básicos e integral gratuitos em Pediatria, Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços oferecidos pela UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.
• Policlínicas
É uma instituição médica onde é prestada uma gama alargada de cuidados de saúde, incluindo serviços de diagnósticos e de tratamento ambulatório, sem necessidade de internamento. Ela oferece serviços de um leque diversificado de profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros de múltiplas especialidades, que prestam cuidados de saúde em regime ambulatório, incluindo atendimento urgente e pequenas cirurgias, mas não oferece serviços cirurgicos de média e grande complexidade e não permite a prestação de cuidados pré e pós operativos e nem de cuidados intensivos.
• Hospital Geral
Hospital destinado à prestação de atendimento nas especialidades básicas, por especialistas e/ou outras especialidades médicas. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência. Deve dispor também de SADT de média complexidade. Podendo Ter ou não SIPAC.
•Hospital Especializado
Hospital destinado à prestação de assistência à saúde em uma única especialidade/área. Pode dispor de serviço de Urgência/Emergência e SADT. Podendo Ter ou não SIPAC Geralmente de referência regional, macro regional ou estadual.
• Unidade Mista
Unidade de saúde básica destinada à prestação de atendimento em atenção básica e integral à saúde, de forma programada ou não, nas especialidades básicas, podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais, com unidade de internação, sob administração única. A assistência médica deve ser permanente e prestada por médico especialista ou generalista. Pode dispor de urgência/emergência e SADT básico ou de rotina. Geralmente nível hierárquico 5.
• Pronto Socorro Geral
Unidade destinada à prestação de assistência a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato. Podendo ter ou não internação.
• Pronto Socorro Especializado
Unidade destinada à prestação de assistência em uma ou mais especialidades, a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato.
• Consultório Isolado
sala isolada destinada à prestação de assistência médica ou odontológica ou de outros profissionais de saúde de nível superior.
• Unidade Móvel Fluvial
Barco/navio equipado como unidade de saúde, contendo no mínimo um consultório médico e uma sala de curativos, podendo ter consultório odontológico.
• Clínica Especializada/Ambulatório Especializado
Clínica Especializada destinada à assistência ambulatorial em apenas uma especialidade/área da assistência. (Centro Psicossocial/Reabilitação etc..)
• Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia
Unidades isoladas onde são realizadas atividades que auxiliam a determinação de diagnóstico e/ou complementam o tratamento e a reabilitação do paciente.
• Unidade Móvel Terrestre
Veículo automotor equipado, especificamente, para prestação de atendimento ao paciente.
• Unidade Móvel de Nível Pré-hospitalar na Área de Urgência e Emergência
Veículo terrestre, aéreo ou hidroviário destinado a prestar atendimento de urgência e emergência pré-hospitalar a paciente vítima de agravos a sua saúde.
• Farmácia
Estabelecimento de saúde isolado em que é feita a dispensação de medicamentos básicos/essenciais (Programa Farmácia Popular) ou medicamentos excepcionais / alto custo previstos na Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
• Unidade de Vigilância em Saúde
É o estabelecimento isolado que realiza trabalho de campo a partir de casos notificados e seus contatos, tendo como objetivos: identificar fontes e modo de transmissão; grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas, orientando medidas de prevenção e controle a fim de impedir a ocorrência de novos eventos e/ou o estabelecimento de saúde isolado responsável pela execução de um conjunto de ações, capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
• Cooperativa:
Unidade administrativa que disponibiliza seus profissionais cooperados para prestarem atendimento em estabelecimento de saúde.
• Centro de Parto Normal Isolado:
Unidade intra-hospitalar ou isolada, especializada no atendimento da mulher no período gravídico puerperal, conforme especificações da PT/MS 985/99.
• Hospital /Dia- Isolado:
Unidades especializadas no atendimento de curta duração com caráter intermediário entre a assistência ambulatorial e a internação.
• Central de Regulação de Serviços de Saúde:
É a unidade responsável pela avaliação, processamento e agendamento das solicitações de atendimento, garantindo o acesso dos usuários do SUS, mediante um planejamento de referência e contra-referência.
• Laboratório Central de Saúde Pública – LACEN
Estabelecimento de Saúde que integra o Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública – SISLAB, em conformidade com normalização vigente.
• Secretaria de Saúde
Unidade gerencial/administrativa e/ ou que dispõe de serviços de saúde, como vigilância em Saúde (Vigilância epidemiológica e ambiental; vigilância sanitária), Regulação de Serviços de Saúde.
Com base nas Unidades de Saúde, vamos compreender agora os níveis de Atenção e saber em qual momento e local mais específico você tem como direito de se consultar.
Níveis de Atenção à Saúde
Para ofertar uma atenção em saúde mais específica e adequada à saúde foi descentralizada para melhor triar os casos e desafogar centros especializados de alta complexidade de casos de menor urgência ou de fácil resolução. Dessa forma, a oferta de saúde passou a ser a nível Primário, Secundário e Terciário, com alguns hospitais já se enquadrando como de nível Quaternário.
Entenda agora a diferença de cada uma:
Atenção Primária à Saúde (APS)
A “atenção primária em saúde” foi definida pela Organização Mundial da Saúde em 1978, como:
Atenção essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, cientificamente comprovados e socialmente aceitáveis, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade por meios aceitáveis para eles e a um custo que tanto a comunidade como o país possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento, um espírito de autoconfiança e autodeterminação. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo o enfoque principal do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde. (Declaração de Alma-Ata)
Fazem parte da APS: 
Funciona para triagem e encaminhamento. Os profissionais devem ser capazes de resolver problemas de saúde mais comuns e de dominar novos saberes que promovam a saúde e previnam doenças. A Unidade Básica de Saúde da Família deve realizar assistência integral, contínua e de qualidade, desenvolvida por uma equipe multiprofissional
que atua na própria unidade ou nos domicílios e em locais comunitários, como escolas, creches, asilos, entre outros. Elas elaboram e executam programas educativos e de prevenção a doenças, a fim de promover mudança de hábitos, costumes alimentares, higiene pessoal, atenção com esgotamento sanitário e vacinação de crianças e animais.
Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar ou adotar as medidas de prevenção e controle de doenças e outros agravos.
Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e da circulação de bens e da prestação de serviços
Conjunto de ações para conhecer, detectar e prevenir mudanças em fatores determinantes e condicionantes do ambiente que interferem na saúde do homem.

Atenção Secundária à Saúde
É prestada por meio de uma rede de unidades especializadas – ambulatórios e hospitais –, garantindo o acesso à população sob sua gestão. Está baseada na organização do Sistema Microrregional dos Serviços de Saúde, de acordo com a definição do Plano Diretor de regionalização (PDR), que tem como objetivo definir as diretrizes para organização regionalizada da Atenção Secundária.
A organização da Atenção Secundária se dá por meio de cada uma das microrregiões do Estado, onde há hospitais de nível secundário que prestam assistência nas especialidades básicas (pediatria, clínica médica e obstetrícia), além dos serviços de urgência e emergência, ambulatório eletivo para referências e assistência a pacientes internados, treinamento, avaliação e acompanhamento da Equipe de Saúde da Família (ESF).
Atenção Terciária à Saúde
É a atenção da saúde de terceiro nível, integrada pelos serviços ambulatoriais e hospitalares especializados de alta complexidade.  A Atenção Terciária é organizada em pólos macrorregionais, através do sistema de referência.
O modelo técnico-científico de atenção à saúde, que privilegia o hospital como ambiente para a prática de cuidados, contribuiu para que a atenção terciária permanecesse no imaginário popular como nível de atenção à saúde de maior importância . Com efeito, é comum ver a mídia em geral destacar novíssimas tecnologias e até mesmo técnicas experimentais como sendo soluções para os problemas de saúde. Liga-se a imagem do hospital bem equipado à de eficiência de sistema de saúde.